terça-feira, 5 de julho de 2011

Prefiro não pensar...

...É. Melhor não pensar. ou ao menos evitar. Pensar traz consciência e não quero ter consciência de que tudo já não é mais como antes. não quero lembrar. Pior - constatar a saudade extrema que eu sinto de você. E quando eu penso que já esqueci, é só o produto do meu esforço sem tamanho pra esquecer, mas sem sucesso. É, tá doendo de novo. Andei olhando umas fotos suas, confesso. Não sei porque ainda escrevo sobre você, tudo o que havia pra ser dito, já foi dito. As suas palavras doces e ao mesmo tempo mentirosas ainda estão cravadas nas minhas costas e sua foto na tela do meu computador ainda é capaz de me quebrar inteira e pôr toda a força que venho acumulado à prova. Eu desisto, você desiste. Eu desapareço, você também. Ponto, fim. Mas não é assim. Não está sendo assim. Eu prometi guardar seu coração dentro do meu, você também prometeu. você não guardou, e eu continuo cumprindo a promessa. Mesmo que eu mude meus pensamentos a cada manhã. Mesmo que hoje eu sinta e amanhã eu te odeie. Mesmo que seja atrás da cortina...

terça-feira, 17 de maio de 2011

A noite está fresca, mas faz calor aqui na cama. Acabo de acordar e me dou conta de que você anda fugindo dos meus sonhos ultimamente. Tenho que seguir viagem, eu sei... mas por que anda tão sumido assim dos meus sonhos, ein rapaz? Meus dias tem sido bons comigo. Leves, coloridos. Por que a felicidade assusta tanto? Acredite, assusta. E somente por isso, eu tenho que manter você aqui, durante as noites frias na minha cama quente, no meu inconsciente, pra que eu possa acordar sentindo aquela pontada aguda de dor por ter você tão perto novamente.
Eu ainda carrego seu coração
dentro do meu.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Goodbye..

Ele um dia havia dito que a amava, e vice-versa. Agora ela estende a mão lá longe tentando alcançar aquele sorriso bonito e tudo o que sente é o ar passando por entre os dedos, vazio.
Ela olha pra trás e tenta ver como tudo foi um dia, mas a neblina cobre tudo. Como era bom ser feliz no começo dessa história...
Ela tenta enxergá-lo e não consegue mais. É a alma que não está mais tão visível. As palavras de amor se tornaram farpas afiadas cortando o coração. É a hora de ir embora. Vale mais a pena encerrar uma história em letras suaves e tristes do que arrancar as páginas e queimar a obra inteira só por desgosto do fim.
O fim não é tão doloroso quanto parece, é melhor seguir sozinho e leve do que viver carregando um peso indesejado ou amando pela metade. A vida, como tudo o que existe, tem começo, meio e fim. Siga o curso, deixe que as coisas terminem quando não fazem mais tão bem quanto deveriam, deixa que terminem quando todas as tentativas de acerto foram feitas sem sucesso, siga leve.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Cidade de Cruz das Almas, uma madrugada, um bêbado:


''Noite de nostalgia,
na carteira um ultimo cigarro
todos os bares fechados...

Noite de nostalgia,
em terra de drogados
quem tem um cigarro é REI!''

(David Machado)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

...

Em um quarto qualquer, esperando o dia nascer pois o sono simplesmente me abandonou e não disse pra onde ia e nem quando voltava. Janela aberta, cortinas brancas e leves dançando com o vento, que vai de encontro ao corpo dela descoberto sobre a cama. Seus olhos verdes perdidos em algum outro mundo buscando algumas respostas para ‘assuntos pendentes’. Unhas vermelhas que combinam com a cor da sua boca. Seu coração está batendo em outro ritmo, ela diz que está se apaixonando, isso me assusta. Tola, nada sabe que no calor do momento doa seu coração e todo seu sentimento sem pensar nas consequências. Ela levanta, vai até o espelho, sente que tem algo diferente, se observa lentamente dos pés á cabeça, está tudo no lugar certo (e porque não estaria?). Mas é nos olhos onde está o problema, ela poderia jurar que nunca tiveram aquele brilho antes.