terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nostalgia


Certa vez, um desses sábios - que nada sabem - disse ser a infância uma fase que passamos o resto da vida tentando superar. Chamaram também a puberdade de 'aborrecência', fase dos sentimentos efêmeros e ideais vazios. Te disseram pra guardar num baú chamado passado todos os momentos especiais, as lições, esquecer os mortos e crescer, afinal, você precisa aprender a ser adulto. Então você aprende a quantificar o amor e julgar o mundo em números: uma casa é quanto ela vale, ninguém liga se tem gerânios na janela. As pessoas são quanto elas ganham. Os alunos, notas. o que importa é a faculdade, doutorado, casar e ter três fillhos, um cachorro. Os amigos, hoje raros, já não sobra tempo pra eles. Mas tu és dono das chaves de teu baú, abra se precisar de sonhos, abraços, colos e consolos; se precisar de um pouco de cor em tudo isso ou mesmo se quiser lembrar de um tempo em que o pra sempre não acabava. O tempo passa rápido demais.

Eu quero uma casa com gerânios na janela.

domingo, 8 de agosto de 2010

embriaguez.


Hoje, depois de passar a madrugada bebendo com alguns amigos, e depois de muito analisar cada um deles, além de outros que não estavam ali presentes, me dei conta de como cada um tem suas tristezas, e de como todos são guerreiros quando se trata do amor. Todos tem suas próprias mágoas e decepções. Todos sofrem por alguém. Obviamente, máscaras existem... caras felizes, sorridentes, e atitudes que levam qualquer um a pensar que não é preciso ter alguém pra ser feliz. Mas então, meus queridos, a bebida entra e a verdade SAI. Nem a própria pessoa consegue se enganar depois de virar o copo. Choros, ligações, mensagens, flashbacks, nostalgia e mais bebida. Eu não sou a única que é triste, magoada, e sem expectativas. Hoje, só hoje, eu não me sinto tão só no mundo.

'Coração na mão
como o refrão de um bolero..'