sexta-feira, 8 de outubro de 2010

certa manhã acordei de sonhos intranquilos.


eu escreveria um livro, se já não houvesse tantos, e o ponta-pé inicial seria a frase com que dou nome a este texto, se já não a tivessem usado. Era manhã - ou quase - e eu ainda não tinha conseguido dormir. Eu tenho caçado a tranquilidade e a maciez de uma noite serena longe dessa cama vazia e dessa insônia inquisidora. Agora, enfim, é noite e eu dormi a tarde inteira. acordei porque sonhei contigo, porque o sol se punha em minha janela e brincava de fornalha em minha cama ou porque já passava da hora de me entregar a única coisa que permanece à disposição de minhas vontades: As três revistas de atualidades sobre a mesa. tateei as folhas, fiz algumas breves anotações, marquei algumas palavras de verde pra destacar. quando eu sonho contigo, você sente? quando você atravessa a porta e divide comigo o meu travesseiro, é encontro astral ou só o meu inconsciente te querendo aqui? quando eu toco sua pele suave e explicitamente, é você quem se arrepia ou é a sua projeção que ocupa constantemente os meus pensamentos?

de noite na cama, eu fico pensando
se você me ama e quanto.
se você me ama, eu fico pensando
de noite na cama e quando?


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